La cravache d'or

como tu me entristeces, o pobre humanidade, o pobre familia minha, ainda mais nos teus regosijos e nas tuas esperancas, do que nos teus choros e nos teus desenganos.O que e lastima, la cravache d'or se vale a pena a gente prender se em ninharias, e que assim, alcancado pelo turbilhao reformador, que vae dando cabo de todo o pittoresco d'este povo, tenda a desapparecer o poco.As ameixieiras, por aqui pelas cercanias de Kobe, vao ver se ao pittoresco oiteiro de Okamoto, ou a Suma, no dominio d'um templo famoso.Scena da la cravache d'or famosa cascata de Nunobiki, no Japao.os turvos dias de amargura, a fatalidade da existencia no antro, a dura labuta no campo e no barco, a faina eterna, a orgia torpe dos maridos, a escravidao das esposas, a venda das filhas a quem mais der, os horrores da prostituicao, as vergastadas nas creadinhas, as extorcoes dos mandarins, as torturas nos carceres, a morte lenta nos patibulos, a obra de destruicao das epidemias e do opio, as humilhacoes perante o vencedor, as exigencias do Occidente, as arrogancias dos homens loiros.Decidiu se emfim la cravache d'or a perguntar Que pensa voce que vao fazer de mim na sua terra A alforreca deveria agora ser discreta, encapotar as respostas em evasivas mas oicam la o que ella deu em troco Eu lhe digo meu amo, rei dos dragoes, ordena ao senhor macaco que arranque o proprio figado, o qual vae ser servido a nossa soberana, hoje enferma, e salval a da morte.Ao meu obscuro albergue, chega, de alem dos bazares, o ruido da bombardada amotinadora dos foguetes, e das mil e mil embarcacoes fundeadas no porto o clamor ovante das bategas, vibradas pelas maos rudes das companhas.Como eu amaldicoava, n'aquella hora, estas invencoes da epocha, estes engenhos surprehendentes, monstruosos, que vem zombar da vida, e assassinar arte, enlevos fugaces que passam, reminiscencias, saudades, tudo o que la cravache d'or e doce ao espirito.Ainda hoje se ve a sepultura, esboroada pelos seculos, d'aquelles amorosos.Reparem por exemplo nas enormes celhas expostas pelos mercados, onde enxames de pequeninos peixes negros, carpas barbudas, estrebucham na gotta de agua do improvisado captiveiro o povo compra as, e vae lancal as em seguida nas ribeiras, gosando na accao do resgate, por certo grata la cravache d'or aos deuses, e que redundara em beneficios.Hoje, d'um salto, o sol rompeu em quenturas amorosas, comecaram de florir as arvores, e evolaram se os insectos.

como tu me entristeces, o pobre humanidade, o pobre familia minha, ainda mais nos teus regosijos e nas tuas esperancas, do que nos teus choros e nos teus desenganos.O que e lastima, la cravache d'or se vale a pena a gente prender se em ninharias, e que assim, alcancado pelo turbilhao reformador, que vae dando cabo de todo o pittoresco d'este povo, tenda a desapparecer o poco.As ameixieiras, por aqui pelas cercanias de Kobe, vao ver se ao pittoresco oiteiro de Okamoto, ou a Suma, no dominio d'um templo famoso.Scena da la cravache d'or famosa cascata de Nunobiki, no Japao.os turvos dias de amargura, a fatalidade da existencia no antro, a dura labuta no campo e no barco, a faina eterna, a orgia torpe dos maridos, a escravidao das esposas, a venda das filhas a quem mais der, os horrores da prostituicao, as vergastadas nas creadinhas, as extorcoes dos mandarins, as torturas nos carceres, a morte lenta nos patibulos, a obra de destruicao das epidemias e do opio, as humilhacoes perante o vencedor, as exigencias do Occidente, as arrogancias dos homens loiros.Decidiu se emfim la cravache d'or a perguntar Que pensa voce que vao fazer de mim na sua terra A alforreca deveria agora ser discreta, encapotar as respostas em evasivas mas oicam la o que ella deu em troco Eu lhe digo meu amo, rei dos dragoes, ordena ao senhor macaco que arranque o proprio figado, o qual vae ser servido a nossa soberana, hoje enferma, e salval a da morte.Ao meu obscuro albergue, chega, de alem dos bazares, o ruido da bombardada amotinadora dos foguetes, e das mil e mil embarcacoes fundeadas no porto o clamor ovante das bategas, vibradas pelas maos rudes das companhas.Como eu amaldicoava, n'aquella hora, estas invencoes da epocha, estes engenhos surprehendentes, monstruosos, que vem zombar da vida, e assassinar arte, enlevos fugaces que passam, reminiscencias, saudades, tudo o que la cravache d'or e doce ao espirito.Ainda hoje se ve a sepultura, esboroada pelos seculos, d'aquelles amorosos.Reparem por exemplo nas enormes celhas expostas pelos mercados, onde enxames de pequeninos peixes negros, carpas barbudas, estrebucham na gotta de agua do improvisado captiveiro o povo compra as, e vae lancal as em seguida nas ribeiras, gosando na accao do resgate, por certo grata la cravache d'or aos deuses, e que redundara em beneficios.Hoje, d'um salto, o sol rompeu em quenturas amorosas, comecaram de florir as arvores, e evolaram se os insectos.